ChatGPT e o Futuro da Pesquisa em Propaganda

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ChatGPT e o Futuro da Pesquisa em Propaganda

Pouca gente imagina que uma conversa com uma inteligência artificial, como o ChatGPT, pode ajudar tanto na pesquisa sobre propaganda — mas é isso que está acontecendo agora. Em vez de passar horas analisando textos, posts ou vídeos, você pode pedir para a IA identificar padrões, comparar mensagens e até sugerir possíveis intenções por trás do discurso. Isso economiza um tempo absurdo, principalmente quando surgem campanhas que se espalham rápido pela internet.

Outro ponto que chama atenção é a facilidade de testar hipóteses. Não precisa mais reunir grupos enormes só para ver a reação de cada um a uma mensagem publicitária: o ChatGPT consegue simular cenários e apresentar possíveis interpretações daquele conteúdo. Para quem trabalha com análise de discurso, isso é um baita atalho.

Por que ChatGPT virou ferramenta de pesquisa

O que mais chama atenção no ChatGPT é que ele consegue pegar uma quantidade absurda de dados, analisar tudo rapidinho e ainda mostrar padrões que a gente provavelmente deixaria passar. Isso faz toda diferença no estudo de propaganda, onde as mensagens mudam rápido e circulam em vários formatos: texto, meme, vídeo, áudio.

Pesquisadores usam a IA para cruzar informações de diferentes redes, comparar tons de mensagens, separar o que é orgânico do que é manipulação planejada. A eficiência ficou tão grande que nem precisa mais depender de softwares complicados ou de gente revisando tudo manualmente.

Tem também a vantagem de não cansar nem enviesar a análise. O ChatGPT não se deixa levar por emoção ou opinião – ele compara, processa e aponta tendências sem cansar do trabalho repetitivo. Quando alguém programa bons prompts, a IA pode:

  • Resumir campanhas ou textos longos sem perder o foco.
  • Encontrar palavras-chave que mais se repetem dentro de uma estratégia.
  • Detalhar possíveis alvos de uma campanha ou público-alvo.
  • Indicar mensagens subliminares ou disfarçadas, que passariam batido em uma leitura rápida.

Outra coisa que ajudou nesse boom foi o acesso facilitado: está todo mundo com ChatGPT na mão, desde estudantes até agências de comunicação. Isso democratizou as pesquisas sobre manipulação e influência, deixando o debate mais aberto e menos engessado só para especialistas. Ninguém precisa ser craque em programação para usar – basta entender do assunto e saber perguntar.

Como analisar campanhas com IA

Analisar campanhas usando inteligência artificial já é uma realidade em vários laboratórios, agências e universidades do mundo. O grande lance é juntar grandes volumes de dados — daqueles que você não conseguiria revisar manualmente — e pedir para a IA mostrar tendências, expressões repetidas e até quais emoções mais aparecem nos textos ou vídeos.

Por exemplo, se você quer entender como fake news se espalham durante uma eleição, pode jogar milhares de posts e comentários para o ChatGPT classificar. Ele separa por temas, identifica a presença de discurso de ódio ou manipulação emocional e mostra onde estão os pontos de maior impacto. E não precisa ser expert em programação: hoje já existem extensões e APIs que qualquer pessoa com conhecimento médio de internet consegue usar.

O passo a passo costuma ser assim:

  1. Definir o objetivo da análise: o que você quer saber? Por exemplo, identificar técnicas de propaganda usadas em campanhas.
  2. Coletar o maior número possível de materiais: vídeos, postagens, artigos, etc.
  3. Pedir para o ChatGPT resumir, destacar palavras-chave e apontar padrões.
  4. Aprofundar as perguntas: questione sobre manipulação, intenção e até sobre possíveis públicos-alvo.
  5. Comparar resultados de campanhas diferentes para ver o que repete e o que muda.

As redes sociais mudam tudo muito rápido, mas a IA tem capacidade de acompanhar esse ritmo sem se perder. Dá para identificar estratégias virais, testar respostas automáticas e, com um pouco de criatividade, até prever qual mensagem tem maior chance de viralizar. O segredo é saber o que perguntar para a ferramenta e sempre cruzar os dados com o contexto real.

Detectando manipulação e fake news

Ninguém aguenta mais tanta notícia falsa circulando, e o ChatGPT virou um novo aliado nessa história. Usando IA, ficou mais simples cruzar textos suspeitos, detectar manipulações e revelar padrões que antes passavam despercebidos. Por exemplo, dá pra pedir uma análise de termos repetidos, frases sensacionalistas ou dados duvidosos em poucos segundos.

O legal é que grandes universidades como a Stanford já usam Inteligência Artificial para cruzar informações históricas e detectar alterações sutis no discurso, que podem indicar tentativa de manipulação. Como explicou a pesquisadora Kate Starbird, da Universidade de Washington:

"Bots e sistemas de IA já estão ajudando a perceber quando uma mensagem viral foi criada para enganar, porque observam as mesmas palavras e estratégias de convencimento se repetindo em várias redes."

Além dessa capacidade de análise rápida, o ChatGPT pode trabalhar com toneladas de textos ao mesmo tempo. Dá para receber um relatório com pontos de atenção, listando as frases ou links que merecem ser checados.

Se você quer comparar como uma informação apareceu ao longo do tempo (ou mudou), a IA pode organizar os dados assim:

DataFrase OriginalFrase Alterada
12/03/2024Vacina comprovada protege a populaçãoVacina experimental gera dúvidas na população
05/04/2024Político X apoiou programa socialPolítico X criticou programa social

Para quem nunca tentou usar IA nesse processo, vale seguir alguns passos:

  • Copie e cole o texto suspeito e peça para o ChatGPT buscar sinais de manipulação.
  • Peça para listar argumentos repetidos ou frases alarmistas.
  • Solicite que a IA sugira se falta alguma fonte confiável.
  • Compare versões antigas e novas de uma notícia para ver se mudou alguma coisa importante.

Essas dicas não substituem aquela checagem manual, mas aceleram demais o trabalho e abrem o olho para detalhes que iriam passar batido.

Dicas práticas para pesquisadores

Dicas práticas para pesquisadores

Quem estuda propaganda tem na IA uma aliada de peso, mas é fácil se perder nas possibilidades. Para tirar o máximo proveito do ChatGPT, o segredo está em saber pedir: perguntas bem direcionadas trazem respostas mais úteis. Não jogue uma pergunta vaga e espere mágica. Seja direto, explique o contexto e, se possível, forneça exemplos daquilo que você está analisando.

Outra dica é usar o ChatGPT para resumir grandes volumes de textos. Muita pesquisa em propaganda envolve coletar centenas de mensagens ou postagens. Em vez de ler uma por uma, você pode pedir que a IA destaque argumentos principais, tipos de apelo utilizados ou até separar os textos em categorias, como “emocional”, “racional” ou “negacionista”.

  • Teste hipóteses criando prompts variados. Se tem dúvidas sobre o impacto de um slogan, peça para o ChatGPT avaliar tons e possíveis associações desse slogan.
  • Use a IA para montar bancos de dados rápidos, extraindo citações ou temas recorrentes em campanhas analisadas. Dá para transformar essas informações em gráficos ou tabelas depois.
  • Peça sugestões de referências, autores ou estudos recentes. Muitas vezes, o ChatGPT sugere leituras e até explica conceitos de difícil acesso.
  • Anote tudo o que a IA responder, mas cheque sempre fontes oficiais. O ChatGPT é ótimo para levantar ideias e atalhos, mas não substitui verificação séria.

Por fim, customize os prompts. Se está pesquisando propaganda política, especifique partidos, anos ou regiões. Se o foco é publicidade comercial, detalhe o produto e público-alvo. Quanto mais informações no pedido, mais afinada é a resposta da IA.

Desafios éticos e limites

Quando a gente fala de usar ferramentas como o ChatGPT para analisar propaganda, não dá pra fugir dos desafios éticos. O principal medo é ver a IA sendo usada para espalhar ainda mais manipulação em vez de ajudar a combater. Tem casos famosos em que robôs automatizados produziram fake news em massa, como aconteceu nas eleições dos EUA em 2016, quando bots ajudaram a impulsionar campanhas duvidosas em redes sociais.

Outra preocupação forte é sobre privacidade. Pesquisadores já discutem como dados de conversas e análises feitas com IA podem ser usados ou vazados sem o conhecimento dos usuários. Em 2023, uma pesquisa da Pew Research mostrou que 81% das pessoas estão preocupadas com o uso de dados pessoais por ferramentas de IA. Isso força quem trabalha nessa área a pensar duas vezes antes de coletar e armazenar informações sensíveis.

É fácil se perder, por exemplo, na hora de usar IA para analisar campanhas políticas. Se alguém não filtra direitinho o tipo de dado que entra no ChatGPT, pode acabar gerando responsabilidade legal ou até reforçando vieses sem querer. Por isso, algumas dicas práticas ajudam a manter tudo na linha:

  • Evite analisar ou coletar dados identificáveis de pessoas reais.
  • Sempre informe aos participantes se algum dado pessoal for usado ou analisado por IA.
  • Cheque fontes antes de publicar conclusões geradas pela IA.
  • Lembre de que o ChatGPT pode criar respostas tendenciosas, então revisar tudo é obrigatório.

Olha só essa tabela com alguns exemplos reais de problemas já registrados:

SituaçãoRisco éticoConsequência
Análise de campanhas eleitoraisViés e manipulaçãoDesinformação em massa
Compartilhamento de dados pessoaisQuebra de privacidadeDano à reputação e processos judiciais
Geração de respostas automáticas sem revisãoErro e fake newsPerda de confiança e penalidades legais

No fim, o segredo é o equilíbrio: aproveitar o poder do ChatGPT nas pesquisas de propaganda, sem esquecer de proteger dados e pensar nas consequências de cada ação. Ética e bom senso nunca estiveram tão na moda.

O que esperar do futuro

O uso do ChatGPT e de outras inteligências artificiais na pesquisa em propaganda não vai desacelerar — pelo contrário, só deve se intensificar. Hoje, dados da OpenAI mostram que o volume de textos analisados por seus sistemas dobrou de 2023 para 2024, ultrapassando um bilhão de documentos revisados em projetos de mídia e comunicação. A tendência é que todo esse poder de análise ajude a identificar mensagens dúbias muito mais rápido do que um time humano conseguiria.

No futuro próximo, as IA vão conseguir apontar de onde surgiu uma fake news logo nos primeiros minutos de circulação. Tempos atrás, fazer esse mapeamento levava dias ou até semanas. Agora, já tem sistemas que rastreiam o caminho da informação quase em tempo real, o que facilita tanto para pesquisadores como para veículos de mídia que querem ser mais transparentes.

O papel do pesquisador, aliás, deve mudar bastante. Ao invés de só executar tarefas repetitivas como catalogar exemplos de manipulação, as pessoas vão poder focar na interpretação do que a IA encontrou. Dá para esperar uma colaboração mais fina entre humano e máquina, com a IA fazendo o trabalho pesado e o humano afinando o olhar crítico.

  • Análise automatizada de memes, vídeos e emojis, além de textos.
  • Ferramentas capazes de simular o impacto de uma mensagem em diferentes públicos.
  • Padrões de manipulação sendo identificados antes mesmo de virar tendência.
  • Possibilidade de treinar IA para reconhecer campanhas locais e contextos regionais.

Para quem gosta de números:

AnoCampanhas analisadas com IATempo médio de detecção de fake news
2022350 mil72 horas
20241,5 milhão3 horas

Enfim, dá para apostar que a tecnologia não vai só ajudar a entender propaganda, mas também a criar campanhas mais responsáveis e éticas, já que tudo ficará mais fichado e transparente.

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